Keywords
família
uso de drogas
How to Cite
Abstract
O presente trabalho tem o intuito de discutir o acolhimento institucional de crianças e adolescentes, sob a égide da família e do uso de drogas. Buscou-se mapear características que reforçam e tensionam o ambiente familiar que possui usuários de drogas, a fim de defender que o uso de drogas como categoria crescente na motivação da institucionalização de crianças e adolescentes é potencializado por outros fatores psicossociais importantes na convivência familiar, portanto, devendo ser questionado enquanto categoria hegemônica nos casos de acolhimento institucional. Para tanto, foi utilizada como metodologia a revisão bibliográfica na base de dados SciELO. A partir da realização do trabalho, compreende-se que as famílias com filhos acolhidos, em específico as que possuem usuários de drogas, sofrem preconceito em diversas instâncias estatais e isso influencia diretamente na institucionalização infantil.
References
ALENCAR, A. K. S. O acolhimento institucional de crianças e adolescentes: aspectos que dificultam a reinserção familiar. Monografia. (Não publicada). Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2013.
AMARAL, Jaão F. Como fazer um pesquisa bibliográfica. Manual. Fortaleza, 2007
BRASIL, O direito à convivência familiar e comunitária: os abrigos para crianças e adolescentes no Brasil. IPEA, 2005.
AZÔR, A.M.G.C.V.; VECTORE, C. Abrigar/desabrigar: conhecendo o papel das famílias nesse processo. Estudos de Psicologia I, Campinas I 25(1) I 77-89 I janeiro – março, 2008.
BERNARDY, C.C.F.; OLIVEIRA, M.L.F. O papel das relações familiares na iniciação ao uso de drogas de abuso por jovens institucionalizados. Rev. esc. enferm. USP, vol.44 no.1 São Paulo Mar. 2010.
BRASÍLIA, Relatório da Infância e Juventude – Resolução nº 71/2011: Um olhar mais atento aos serviços de acolhimento de crianças e adolescentes no País. Brasília: Conselho Nacional do Ministério Público, 2013.
BRASÍLIA, Efeitos de Substâncias Psicoativas: mód. 2. SUPERA. Org. Maria Lucia Oliveira de Souza Formigoni., 2014.
BRASIL, Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm>, acesso em 28 de maio de 2016.
CARVALHO, M. do C. B. de. Famílias e políticas públicas. In: ACOSTA, A. R.; VITALE, M. A. F.; Família Redes, Laços e Políticas Públicas. São Paulo: Cortez Editora, 2010.
CAVALCANTE, L. I. C.; MAGALHÃES, C.M.C.; PONTES, F.A.R. Processos de saúde e doença entre crianças institucionalizadas: uma visão ecológica. Ciência & Saúde Coletiva, 14(2):615-625, 2009.
CARINHANHA, J. I.; PENNA, L. H. G. Violência vivenciada pelas adolescentes acolhidas em instituição de abrigamento. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 21(1): 68-76, Jan./Mar., 2012.
CRESWELL. J. W. Revisão da Literatura. In:_______. Projeto de Pesquisa Métodos Qualitativo, Quantitativo e Misto. Tradução Magda França Lopes. Porto Alegre: Artmed Editora, 2010.
FIGLIE, N; FONTES, A.; MORAES, E.; PAYÁ, R. Filhos de dependentes químicos com fatores de risco biopsicossociais: necessitam de um olhar especial? Rev. Psiq. Clín. 31 (2);53-62, 2004.
GABATZ, R.I.B.; PADOIN, S.M.M.; NEVES, E.T.; TERRA, M.G. Fatores relacionados à institucionalização: perspectivas de crianças vítimas de violência intrafamiliar. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) dez;31(4):670-7., 2010.
HART, C. Um preço muito alto. Zahar: Rio de Janeiro, 2014
LUNA, S. V. de. A elaboração de revisões de literatura: notas de aula. 1993.
ROSSETTI-FERREIRA, M. C.; ALMEIDA, I. G. de; COSTA, N. R. do A.; GUIMARÃES, L. de A.; MARIANO, F. N.; TEIXEIRA, S. C. de P.; SERRANO, S. A. Acolhimento de Crianças e Adolescentes em Situações de Abandono, Violência e Rupturas. Psicologia: Reflexão e Crítica, 25 (2), 390-399. 2012.
SELEGHIM, M. R.; GALERA, S. A. F.; OLIVEIRA, M. L. F. de. Pesquisa com usuários de Crack e seus familiares: análise de uma de uma vivência. Saúde Transform. Soc., Florianopolis, v. 5, n. 1, 2014.
SIQUEIRA, A.C.; TUBINO, C.L.; SCHWARZ, C. DELL’AGLIO, D.D. Percepção das figuras parentais na rede de apoio de crianças e adolescentes institucionalizados. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 61, n. 1, 2009.
SIQUEIRA, A.C.; ZOLTOWSI, A.P.; GIORDANI, J.P.; OTERO, T.M.; DELL’AGLIO, D.D. Processo de reinserção familiar: estudo de casos de adolescentes que viveram em instituição de abrigo. Estudos de Psicologia, 15(1), Janeiro-Abril, 07-15, 2010.
SIQUEIRA, A. C., MASSIGNAN, L. T., & DELL’AGLIO, D. D. Reinserção familiar de adolescentes: processos malsucedidos. Paidéia, set.-dez., Vol. 21, No. 50, 383-391, 2011.
SOUZA, F.H.O.; CUNHA, E.L. A esperança na família: uma leitura psicanalítica do acolhimento institucional. Revista EPOS, Rio de Janeiro – RJ; Vol.2, nº 2, julho-dezembro de 2011.
TINOCO, V.; FRANCO, M. H. P. O luto em instituições de abrigamento de crianças. Estudos de Psicologia, Campinas, 28(4), 427-434, Out./ Dez., 2011.
UNIDADE DE PESQUISA EM ÁLCOOL E DROGAS. Filhos de usuários de droga são maioria entre as crianças acolhidas em abrigos. Disponível em < http://www.uniad.org.br/interatividade/noticias/item/21078-filhos-de-usu%C3%A1rios-de-droga-s%C3%A3o-maioria-entre-as-crian%C3%A7as-acolhidas-em-abrigos>, acesso em 23 de dez 2015.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright (c) 2023 Júlia Cristina de Almeida Braz , Amanda Paiva de Freitas, José Henrique Rodrigues Machado, Heitor Abadio Vicente, Jerline da Silva Rocha, Marcella Antunes Sousa Luiz de Oliveira