Abstract
Este artigo é fruto de um trabalho de conclusão de curso (2017) e tem como objetivo elucidar o papel do profissional de Relações Públicas como articulador de mobilização social, tendo a comunicação como ferramenta para a interferência na realidade racista presente na sociedade, a fim de diminuir os preconceitos e estereótipos estéticos presentes nos diversos espaços e instituições do país. O artigo deixa claro que uma das principais funções da comunicação, em especial da atividade de Relações Públicas, é trabalhar com a sociedade a partir de uma visão humanizada e sistêmica. Para o alcance do objetivo foi proposto uma oficina pedagógica que utilizou como estímulo para o diálogo, o documentário ‘Desconstruindo’ que fala sobre a auto-aceitação do negro. A oficina teve como público os alunos do Colégio Estadual de Londrina, Albino Feijó Sanches. A metodologia que serviu de base para a execução desta atividade foi a pesquisa-ação e participante. Como parte complementar foi desenvolvido uma campanha de comunicação, a fim de conscientizar os alunos e professores das escolas da rede pública estadual de Londrina e divulgar o trabalho realizado na escola. Os resultados elucidam a participação do comunicador na articulação entre os públicos, além de possibilitar a emancipação dos grupos atingidos. Logo, acreditamos que a discussão sobre o racismo ainda é extremamente necessária em nossa sociedade e as áreas da comunicação podem e devem interferir em assuntos como este, por meio da informação, auxiliando assim na formação de cidadãos críticos, livres e cientes do seu papel na sociedade.
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